quinta-feira, 31 de março de 2011

Medo de mãe: cérebro em treinamento?

Finalmente consegui um tempinho para escrever. Pena que só tenho uma mão disponível! Explico: estou ordenhando antes de dormir porque o meu pequeno agora dorme a noite toda e se eu não ordenho, acordo enxarcada de leite (absorvente, sutiã, camisola e lençol)!

Tenho muita coisa para falar aqui no blog, mas hoje, o que está mais "pegando" é o medo. Tive um sonho estranho em que eu morria. Talvez porque eu já esteja sentindo uma angústia há alguns dias. Esqueci de tomar o remédio e esse sentimento piorou, o que me fez ficar "ruminando" bobeiras na minha cabeça.

A pior das bobeiras é o medo de morrer nesta fase da vida. Fico pensando em como o Pedro cresceria sem mim, em como meu marido iria ficar e na família e tal... Coisa boba. Me sinto mal até em escrever isso aqui. Mas existe uma explicação racional para este tipo de sentimento e eu quero me fixar nela. Ninguém me falou isso, mas creio que esteja bem próximo da verdade! Como sou mãe recente, acho que o maior medo de qualquer mulher nesta situação é que o filho fique sem o seu amparo. Faz sentido?

Como uma boa bipolar que esqueceu de tomar o remédio, este sentimento é um prato cheio para meus devaneios. E mesmo com tanta coisa para fazer (estou sem faxineira) insisto em gastar meu tempo com estas ciladas do meu cérebro.

Estou loucamente apaixonada pelo Pedro. Ele está cada dia mais lindo, mais fofo, mais gostoso, mais sorridente e esperto. Meu instinto de mãe está cada vez mais aflorado. Acho que já imaginei diversas situações absurdas onde ele corria algum perigo e já bolei estratégias mais absurdas ainda para salvá-lo! Será um exercício do cérebro? Acredito que sim, e encaixo a história da morte nesta categoria. Deve ser do instinto maternal criar condições, imaginando-as, para que seu filho sobreviva mesmo na sua ausência.

Papo chato. Dói o coração pensar nestas coisas. Mas alguma mãe aqui nunca pensou nisso tudo? E alguma bipolar, mãe ou não, nunca pensou e repensou bobeiras deste tipo?

Vou deixar meu cérebro exercitar estas coisas loucas, mas vou negociar com ele um jeito de eu não saber sobre os treinamentos que ele decidir fazer! Prefiro ficar só com as preocupações reais de mãe: amamentar na hora certa, lavar as roupinhas do Pedro, trocar a fralda, agasalhá-lo direitinho, acalmar seus choros, dar um banho gostoso, passar pomada para evitar assaduras, limpar a língua dele para evitar sapinho, enfim, quero que estas "bobeiras" deliciosas ocupem os meus pensamentos! Melhor, não?!

6 comentários:

  1. Estas " Bobeiras" de pensamentos negativos invadem o pensamento de qualquer mãe, bipolar ou não...não se preocupe com isso!Eu já pensava sobre isso na gravidez! Aproveite o seu presente com o seu filhinho: isso já é ganhar o dia.
    Tenha uma ótima quinta-feira com seu bebê.

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  2. Nessa fase que voce esta eu e o taz estavamos brigando muito pois ele estava deprimido, eu tb, e exaustos. Assim meu medo, e devaneios, eram de como seria se eu e ele nos separassemos.
    Acho que faz parte mesmo, como voce mesma disse, uma expecie de preparação pra tudo. So lembre que se isso persistir e começar a atrapalhar seu dia de falar com o medico.
    bjs Ju, saudades!

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  3. Acho que a paranóia de qq mãe é o que pode acontecer com o filho e o instinto maternal de evitarmos a ele qualquer mal. Já matei muita gente por instinto de proteção.....(estratégias malucas de quem cutuca a gente e os pimpolhos!)Curta muito essa rotina que há pouco era tão dura e a cada dia vai ficando mais gostosa. O Pedro (que já vi que é um bebê fofo) agora a cada dia interage mais e responde mais a cada intervenção, e agora é só para melhor!
    Tina Cangussu

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  4. Ju,

    Nao é "privilegio"so seu! Esses dias me peguei pensando nisso tb.. e ai ja viu, cai numa crise de choro!

    Acho q isso é normal!

    bjs p vcs!

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  5. moça, don't worry! vc eh assim como muitas de nós:mães de verdade. Mãe, mulher e HUMANA. o lance eh o seguinte:BOLA PRA FRENTE SEMPRE. E que mãe que nunca pensou nisso, nem que fosse só por 1 minuto?
    bjos mil!

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  6. Menina, vou reiterar o que já havia lhe dito, você está sendo uma mãe excelente. Essa preocupação sua é natural, muito natural, sendo a mãe bipolar ou não. Eu sou tdah e viajo tb mtas vezes. Mas não reconheço em você, neste aspecto específico, nenhum devaneio. Está sendo MÃE. Fica na paz. Supermãe!

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