terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Por enquanto é só pessoal! - pausa do Grávida e Bipolar

Há um ano e nove meses iniciei este Blog. O intuito era registrar como seria uma gravidez sem remédios para bipolaridade. Os relatos constantes e, principalmente, os comentários, transformaram o blog em terapia. Não sei o que teria sido de mim sem ele (e sem vocês)!

Depois que o Pedro nasceu, o blog serviu para compartilhar a minha rotina de "mãe bipolar" e para acompanhar o retorno do medicamento. Pedi e recebi muita ajuda por aqui na fase mais crítica que foram os primeiros meses. Com certeza piores do que os oito da gravidez!

Além disso, "despejei" por aqui todas as minhas crises "profissionais/ocupacionais". Não tinha como relatar meus sentimentos como mãe sem falar destas insatisfações. Uma coisa afeta diretamente a outra. Bem que eu acho que este papo sempre foi chatão de compartilhar...

Após os 21 meses de Blog, vejo que ele atendeu muito bem ao propósito inicial. Recebi muitos emails de mulheres tentantes, grávidas, mães, pedindo ajuda, conselho ou apenas agradecendo por terem encontrado em um post algum alívio. Mesmo que eu tivesse recebido apenas um email durante todo este tempo eu teria considerado atingido o objetivo!

Então, encerrarei as postagens por agora e retomarei quando iniciar as tentativas para um próximo bebê! Mas continuarei moderando os comentários e respondendo aos emails como sempre fiz. E se surgir algum assunto pertinente antes mesmo de eu voltar a ser tentante, postarei aqui! Para receber um email avisando sobre novas postagens no Grávida e Bipolar, preencha o campo "Acompanhe por email", à direita. Outra opção é utilizar o "Inscreva-se", abaixo.

Mas se você gosta de acompanhar o crescimento do Pedro, meu desempenho como mãe, as minhas crises chatas ou apenas tem curiosidade em saber onde é que este papo vai dar, acesse o Ju que escreve!



Muito obrigada a todos que me acompanham, comentam, aprendem e opinam!
Espero poder encontrá-los por aqui quando eu voltar!

Um enorme abraço,

Ju Cavani

14 meses de maternidade - resumão

Daqui duas semanas o Pedro completará 1 ano e 2 meses. Já estamos entrando em uma fase diferente da vida: independência. Ele já está adaptado à escola (apesar de que, depois de ficar doentinho, tenho certeza que rolará uma nova adptação) e eu, super adaptada às tardes sem ele. Então, acho este momento bom para um resumão.

Vou tentar dividir o resumo, mês a mês, e por "ocupação": maternidade, obviamente será para se referir exclusivamente à atividade de mãe mesmo (dã!) e individualidade para questões pessoais minhas.


Primeiro mês (contando a partir da chegada do Pedro em casa)

Maternidade: Este é o mês da descoberta! Junto com meu marido, que deu ótimas dicas, e sempre ajudou muito, aprendi a melhor maneira de acalmar o Pedro, descobri que acordar durante à noite para dar de mamar não mata, apesar do sono, e comecei a sacar que a rotina é a melhor aliada para uma vida tranquila em família!

Individualidade: Foi a primeira crise "ocupacional" que, hoje vejo, não levou a lugar nenhum. Com apenas um mês em casa com o bebê eu já estava louca para estudar, mudar de área, investir no negócio da família (achando que era o futuro) e acabei me inscrevendo para um curso que eu nunca acabei (nem irei acabar)!


Segundo mês

Maternidade: Aprendi que a paciência é outra grande aliada da vida em paz. Paciência para amamentar, paciência para quando o que funcionou no primeiro mês perde efeito, paciência para escrever. Pouco atualizei o Blog.

Individualidade: Acho que nem tive tempo para dar atenção às crises pessoais. A irritação estava em alta.


Terceiro mês

Maternidade: Como nos dois primeiros meses, e acho que até hoje isto continua, ainda lutei para manter a tal da rotina e descobrir novas formas de acalmá-lo sem ficar louca (o pai é a melhor delas)! Comecei a desconfiar que ele já sabe manipular os pais: quando fica com os avós ou tios, ele dorme bem! Será?! Aprendi que a ordenhadora seria minha melhor amiga por uns 8 meses!

Individualidade:Na minha ânsia de querer estudar, me inscrevi para um curso de empreendedorismo para mulheres da FGV. Depois de 4 seletivas, recebi um feliz email dizendo que havia passado! Teria, por 3 meses, as sextas e sábados só para mim. Mesmo que estudando, foi uma delícia!


Quarto mês

Maternidade: Não registrei muitas novidades quanto à maternidade. Apenas descobri que sou uma só e não dou conta do Pedro+casa+trabalho+estudo. Ah, teve um evento importante: meu coração ficou na mão com uma endoscopia que o Pedro precisou fazer para alargar a região da cirurgia. Fiz um bom resumo disso em um post!

Individualidade: Pra variar, oscilando! Neste mês fiquei feliz com o trabalho, feliz com o curso, super motivada e me programando para ter tempo com o marido (coisa que, infelizmente, eu não consegui).


Quinto mês

Maternidade: Pedro deu um susto. Ficou internado 8 dias com bronquiolite. Fiquei junto. Senti que ele ficou bravo comigo, me senti impotente.

Individualidade: Tive uma grande perda neste mês. Meu professor do laboratório faleceu. Ele foi um mentor para minha vida. Meu mestrado ficou sem rumo. Por alguns instantes, aprendi a tomar decisões com mais calma (pena que não reli este post mais vezes). Mas, no mesmo mês, comecei com a ideia de trabalhar com comunicação. Será que fui precipitada?


Sexto mês

Maternidade: Registrei aqui no Blog apenas a evolução dos 6 meses do pequeno.

Individualidade: Comecei a trabalhar com midias sociais. Fiquei felicíssima! Afinal, não tinha experiência. Foi uma oportundiade incrível para aprender, para ter uma nova rotina de trabalho, para conhecer novas pessoas, para ganhar dinheiro!!!


Sétimo mês

Maternidade: Pedro com dificuldade para engordar, dificuldade para aceitar leite industrializado... Acabo me culpando quando relembro.

Individualidade: Continuava super empolgada, trabalhando com midias sociais.


Oitavo mês

Maternidade: Angustiada porque o Pedro continuou abaixo do peso esperado. A preocupação aumentando.

Individualidade: Apesar do Pedro, eu ainda estava trabalhando e curtindo!


Nono mês


Maternidade: Apesar do Pedro ficar praticamente todas as tardes longe de mim, quando eu ficava com ele em casa e "sumia" do alcance de sua visão ele abria o berreiro! Acho que ele se deu conta de que somos pessoas distintas. Se um bebê suga energia, nesta fase suga o triplo. Aprendi que ficando na casa da minha tia, ele não dava tanta bola pra mim, e aí sim, podia rolar um home office.

Individualidade: O trabalho estava pouco e passei a precisar fazer home office por não receber :( Comecei a desanimar, mas ainda tinha fé. Achei que a empresa tinha futuro. Mal sabia eu que estava prestes a fechar :(((


Décimo mês/ Décimo primeiro mês

Maternidade: Uma amiga minha que é médica disse que a maior causa dos bebês não engordarem no primeiro ano de vida é a falta de leite. Neste mês, o Pedro engordou apenas 110g e não cresceu um centímetro. Mas os exames não indicaram nada. Resolvemos tentar NAN mais uma vez (ele não tinha aceitado). Problema resolvido: NAN com banana e várias mamadeiras por dia (o normal, de 3 em 3 horas). Pedro cresceu e passou a dormir melhor! \o/

Individualidade
: Como o Pedro não crescia e eu não recebia salário, decidi ficar em casa com ele, 24 horas por dia. Foi a melhor coisa que eu fiz! Precisei fazer isto para "reparar" meu erro. Não um erro consciente, mas um erro por não ter dado a devida atenção na transição de leite materno para o industrializado. Não valorizei a importância do leite industrializado. Eu já não tinha mais tanto leite, mas achei que a comida ia compensar...pode??? Então, nestes dois meses o foco foi "mãe" mesmo!


Décimo segundo mês

Maternidade: Finalizei o primeiro ano do Pedro um tanto aliviada por ele ter voltado a se desenvolver. Óbvio que ele ainda não estava com peso e altura de acordo com a idade, mas já estava bem próximo disto. Virei fã número um do NAN!

Individualidade: Continuei focada no Pedro, mas já estava surgindo uma inquietação sobre trabalho, já que o que tive, e achei que era a grande oportunidade da minha vida, não vingou. Mas o foco era o Pedro, então "sosseguei".


Décimo terceiro mês

Maternidade: Como eu precisei voltar a trabalhar, Pedro iniciou na escolinha! A adaptação foi fácil. Tanto para mim, quanto para ele. Em uma semana eu já estava deixando ele na porta e indo trabalhar. Que delícia poder focar na individualidade!

Individualidade: Voltei a trabalhar com meus pais a pedido deles e, principalmente, por necessidade. Voltei para atuar no relacionamento com clientes. O trabalho era de formiguinha. Dificilmente veria resultados. Mas era o que eu podia fazer no momento.


Décimo quarto mês

Maternidade: Ah! A escola que seria a maravilhosa solução virou problema! O Pedro começou a ficar doentinho (laringite e começo de pneumonia) e acabou não indo nem 15 dias para a escola este mês. Este foi o mês de ver o pequeno sofrer para melhorar. Precisei dar remédio certinho a cada 8 horas, até de madrugada. Tadinho! Mas, graças a Deus, ele melhorou e em breve, voltará à escola.

Individualidade: Precisei começar a pensar seriamente em procurar emprego. Trabalhar com os pais pode soar como "vida fácil" e "dinheiro certo". Não é o meu caso. A empresa não tem mais como me garantir um salário. E não podemos viver apenas com o que meu marido ganha.

Este mês é aquele de pensar séria e profundamente sobre o que REALMENTE eu quero da vida. Analisar TUDO e correr atrás. É o mês de PARAR DE VEZ de dar bola"crises ocupacionais", assumir que tudo na vida tem um lado chato e exercitar a persistência e paciência. NO PAIN, NO GAIN.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Procurando emprego

Há 3 semanas estou ajudando meus pais na parte de relacionamento com clientes. Tem sido bom, mas não suficiente. O que faço, posso fazer à noite, de casa, ou de qualquer computador. Quero mesmo é um emprego. Agora é fato: estou procurando!

Afinal, o último emprego que tive, atuei como planner em marketing digital e gostei bastante. Pena que a empresa fechou. Quero muito me aperfeiçoar nesta área. Em paralelo, manterei meus projetos empreendedores que me darão algo a longo prazo.

Estou animada, ansiosa, com medinho...tudo que qualquer ser humano, bipolar ou não, sentiria, certo?! Ai!

Sorte para mim!