domingo, 19 de janeiro de 2014

Quando ter o segundo filho

Gostaria muito de ter um segundo filho. E mesmo tendo medo de diversas coisas que envolvem ser mãe pela segunda vez, me preparei para isso. Quando passei com a psiquiatra tive uma boa notícia: hoje já existem estudos suficientes que demonstraram que a lamotrigina é compatível com a gestação. Mas mesmo assim, decidimos que nos três primeiros meses da gravidez eu ficaria sem tomar o medicamento. Por precaução. Então, suspendi o método contraceptivo e comecei a diminuir a medicação, 25mg por semana. Isso tudo morando na casa nova provisória (estamos em uma casa no interior que não é nossa, até decidirmos se aqui é um lugar bom para morarmos).

Que ideia boa a minha, não? Quer testar uma pessoa, faça ela passar por diversas mudanças ao mesmo tempo. De preferência, na época de férias do filho. Perfeito para dar errado…

Com relação à nova moradia, e às caixas de coisas que só vamos desempacotar na nossa casa definitiva, eu estava já me conformando. Meu humor estava ok. Consegui guardar nossas roupas. Ajeitar nosso quarto e o do Pedro com os móveis que trouxemos do apartamento. Nossas coisas de cozinha continuaram encaixotadas, já que a cozinha aqui está totalmente montada. A cidade nova é muito gostosa. O lugar onde moro também é muito tranquilo, com bastante verde. O que ajuda a me deixar mais calma. Já encontramos algumas opções de restaurantes em conta para fugir um pouco da cozinha. Tudo indo razoavelmente bem, até o Pedro e eu termos juntos crises de tpm.

Depois de um mês sem remédio e sem anticoncepcional, minha menstruação atrasou. E bem nesta época paciência passava longe da nossa casa. O Pedro estava em uma fase horrível de birra. Não queria comer direito, não obedecia. Estava super irritado. E eu também. Cada dia mais. Ainda com a possibilidade de estar grávida. Teve um dia que fui na cidade trocar pneus do carro e resolver coisas do banco. O Pedro com toda a sua energia e birra, me estressou no banco enquanto eu tentava registrar senha nova para o cartão. Não parava quieto correndo. Quando coloquei ele no balcão, para controlá-lo um pouco, ele quis digitar as senhas dele, enquanto eu tentava alterar as minhas, até que conseguiu quebrar uma parte do leitor de cartão. Depois de outras birras, voltamos para a casa, fim de um dia que para mim pareci ter tido muito mais que 24 horas. Ele dormindo e eu chorando, em crise de "não presto"…

Pelo menos meu marido estava em casa para nos receber. Me acalmei com ele e decidimos esperar um pouco mais ter outro filho. Eu não estava grávida! \o/ Vamos esperar pelo menos decidirmos a nossa casa de verdade.

Entendo que engravidar foi uma decisão boa, mas em um momento errado.

Agora é replanejar o ano. Voltar com a medicação e estabelecer um prazo para decidirmos sobre a nova casa. Não quero esperar muito para ter outro filho. Me angustia pensar em passar por tuuuuuudo de novo: choros, birras… mas passa e vale a pena (meu novo mantra)!