segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A barriga de 6 meses

A barriga no caminho

Estou com dó do meu marido: cheguei na fase em que a barriga já está grande o suficiente para que o abaixar fique incômodo, mas não grande o bastante para comover! Então, é um tal de "J, pega isso!","J, pega aquilo!" o tempo todo. Ele não se importa muito, mas deve ser um saco!

Só assim mesmo para eu perceber que a maioria das coisas que quero estão na altura da minha cintura para baixo. Inclusive, as minhas calças que ficavam na última gaveta, agora foram promovidas para a prateleira do armário, enquanto as bermudas do meu marido, foram lá pra baixo. Marido sofre!


A barriga invisível

Apesar de parecer que a barriga está atrapalhando (Nada pessoal, viu, Pedrinho?!), já estou "ignorando" ela em algumas situações (Novamente, não liga não, Pedro!!!)! Um dia meu marido queria entrar no banho e eu estava no cantinho do chuveiro, achando que tinha liberado espaço pra ele, quando ele reclamou que eu estava embaixo d'água. Nem percebi! Ele que me alertou: " Olha a barriga na ducha!!!". Eu estava com a barriga interia embaixo do chuveiro!!!

E olha que eu tinha achado bem estranho quando a minha cunhada me contou que queimou a barriga no fogão, aos 8 meses, porque "esqueceu" dela! Agora entendo perfeitamente!!! Que perigo!


A barriga Alien

Outro fato engraçado de ter um bebê na barriga é quando ele se mexe. Essa sensação é fantástica, e só passando por ela para entender a emoção que causa. Mas chega uma fase, e estou iniciando nela, que o bebê já tem tamanho o suficiente para acertar as costelas, o diafragma e a bexiga. Não sei se de fato ele alcança estes últimos dois, mas hoje mesmo senti umas pontadas bem dignas de Alien dentro de mim, parecendo ser no diafragma! Fora que estes movimentos começam a ficar cada vez mais perceptíveis externamente!!! Alien total!!!


A barriga confrome a música

Sexta-feira fui no casamento de uma amiga. Na igreja tocou uma orquestra com um coral. Lindo demais! Nos momentos das notas mais fortes, mais longas e mais impactantes, o Pedro respondia, com educação, com um chute ou soco suave! Já na festa, a banda estava tocando bem alto e os graves estavam bem evidentes. Não sei se o Pedro não gostou, mas a cada nota forte do contrabaixo, ele dava um pontapé igualmente forte, como que dizendo: "Pede pra esse cara tocar mais baixo, pô!".


Independente dos incômodos e dores, ser gestante é mágico, é apaixonante, é um milagre! E a cada sensação nova, o meu amor pelo Pedro aumenta mais ainda!




foto: Detalhe também nada glamuroso da gravidez: o cansaço estampado no rosto!!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Penúltimos preparativos e dicas para lista de presentes do chá de bebê

Finalmente compramos o berço! Quer dizer, consegui convencer a minha mãe, que deu o berço e a cômoda, a comprá-los logo. Ela disse que o berço que eu usei foi comprado um dia antes do meu irmão mais velho nascer. Não porque ela esqueceu, mas porque ela quis assim. Achou melhor! Uma coisa que não herdei dela foi isso!!! Quero tudo para ontem! De lambuja, ganhamos a bolsa. Escolhi uma bolsa cinza e vermelho, que facilmente usarei depois que o Pedro crescer com meu note e as minhas tralhas!

E como não herdei a tranquilidade da minha mãe, logicamente fiquei uns 3 dias namorando a bolsa. Ela não saía do chão, ao meu lado da cama. A irmã da minha vizinha, que também está grávida, veio visitá-la e lá fui eu com a bolsa e algumas roupinhas dentro para mostrar para ela e para o marido!

Ah! Como grávida fica boba! Eu já arrumei as roupinhas para ir para a maternidade umas 2 vezes. Mas ainda não lavei nada (o tempo esfriou assim que comprei o sabão líquido). Vira e mexe eu abro a gaveta, pego as roupinhas e fico babando nelas, antes mesmo do Pedro ter esta oportunidade!!! E o pior, confesso aqui publicamente que já arrumei a minha necessaire para ir para a maternidade!!! Só não arrumei a minha bolsa porque preciso comprar as camisolas, calçolões e sutiãs de amamentação. Mas assim que comprar, taco na bolsa e coloco na sala!!!

Apesar de tanta ansiedade, reservei o salão para o chá só ontem. Mas acho que está no prazo. Marquei para dia 6 de novembro (estarei com 28 semanas). E fiquei ontem até quase meia-noite fazendo os papéizinhos no computador com os presentes. Eita tarefa difícil! É complicado pedir presentes. Mas ajuda muito. A dica que dou é separar os presentes e convidados em categorias.Para quem não quer pedir só fralda, este esquema facilita pois não sobrecarrega ninguém. Como já ganhei muita roupinha, acabei pedindo os produtos de higiene (que são baratinhos) e outros acessórios mais caros.

Olha só a lista (alguns itens com uma ideia de preço ao lado):

Acessórios
frasqueira térmica para mamadeira (17,90-137,00)
termômetro digital (30,00)
garrafa térmica pequena de apertar (verde claro ou branca)
bomba extratora de leite ("tira leite") (14,90-200,00)
tela protetora solar para carro (11,90-50,00)
conjunto de mamadeira com bico ortodôntico BPA free
massageador de gengiva (2,90-7,90)
mordedor (2,90-13,90)

Hora do sono
Posicionador para dormir (12,90-70)
Cobertor (20,00-40,00)
Manta (9,90-...)
Jogo de lençol para berço (19,90-140,00)
Jogo de lençol para carrinho (19,90-33,00)
Travesseiro anti-sufocante (4,10-12,90)
Travesseiro anti-refluxo (34,00-40,00)
Fronha extra (5,90)
Saco de dormir ("porta bebê") (19,90-35,00)

Roupinhas
Calça (culote/mijão) P verde claro e azul claro
Calça (culote/mijão) M verde claro e azul claro
Babadores
Meias
Luvinhas

Higiene
Toalha com capuz (15,00-40,00)
Lenço umidecido
Algodão
Cotonete
Fita crepe
Creme para assadura
Sabonete Johnson regular em barra
Shampoo Johnson cabeça aos pés
Loção higienizadora Johnson
Colônia Johnson
Óleo Johnson
Pomada para seios
Absorvente para os seios (cx c/ 24)
Saboneteira
Kit toalha de boca
Kit fralda (para secar o bebê)
Kit pente e escova
Aspirador nasal
Lixeira

Adendos dos comentários!
Conchas de amamentaçao (para ajudar a formar o bico e facilitar a pega)
Mais importante que o bicoortodontico, a mamadeira tem quer ser livre de bisfenol A, essas vem com um selo na embalagem escrito BPA free
Tesoura de cortar unha
Tummy tub (se vc assinar o www.clubedobrinquedo.com.br eles alugam para vc, dentro do preço normal de aluguel mensal dos brinquedos)
Banheira com trocador - quando o bebê é maiorzinho e se mexe mais costuma ser mais facil do que outras alternatvas (a banheira eu não coloquei na lista pois vou comprar exatamente a com trocador!)


Então, separei os presentes em categorias. Também pedi fraldas. Conjuguei as fraldas P com itens mais baratos como toalha de boca, meia e pomadas. Os presentes mais caros conjuguei com cotonete, algodão e lenço umidecido, que pedi um com o pote e o resto, embalagem refil. Já tenho um pote em casa. Dois potes são suficientes, pois um fica em casa e outro na bolsa. Pensando sempre no meio-ambiente!

Bem próximo da minha casa tem uma loja chamada Mundo Baby. É uma loja pequena com atendimento e preços ótimos! Vou até indicar a loja no convite pois comparando os preços de lá com lojas de shopping a variação é enorme. E esta loja fica aberta até às 17h de sábado, então, as minhas convidadas que quiserem comprar lá, poderão fazê-lo a caminho do chá. Praticidade e economia!

Resolvi pedir as fraldas M sem nada acompanhando pois na maioria das vezes compramos na farmácia (no caso de chá de bebê) e o tamanho M é um pouco caro.

Minha lista não é muito completa, mas no Blog Fraldas e Guitarras, a Thais fez vários posts sobre o assunto muito bons. É só buscar usando a palavra-chave "enxoval". Inclusive, me baseei neles para montar o enxoval do Pedro. Ela tem um post onde revisou todos os itens da lista dizendo o que valeu ter comprado, o que faltou ter comprado e o que não precisaria ter comprado ("Revisando o enxoval do Paul") e também tem um post com a lista de enxoval para bebês que vão nascer no frio. Com bom senso, dá para adaptar para o calor. Eu reduzi em muito a quantidade de roupinhas, afinal, o Pedro nascerá no verãozão!!! Depois faço uma lista como a da Thais, revisando o enxoval.

Estou devendo um monte de fotos! Mas a máquina que comprei na Americanas.com não chegou. Enviaram um livro no lugar, por engano...Afff!

Se vocês tiverem dicas sobre o chá, especialmente sobre as brincadeiras, e também sobre a lista de presentes, coloquem nos comentários! Agradeço! Convenhamos, um chá de bebê mal conduzido vira um tédio!!!

Dicas de brincadeiras/lembrancinhas (das seguidoras!)

1- Dificultar o embrulho para a pobre coitada da gestante não advinhar o que é e ter que pagar um castigo (maldade!!!)
2- Escolher um nome para a gestante na hora da brncadeira, e quem errar, paga um castigo (Aí sim!!!)
3- Lembracinha do chá: uma mudinha de árvore

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Só pra garantir, continuo de alta!!!

Ontem, dei um pulinho na minha psicóloga! Tive alta já há mais de 2 anos, mas achei que seria bom passar lá, já que estou sem medicamento, apesar de estar me sentindo super bem. Just in case!!! E, aproveitar para matar as saudades dela, que é uma pessoa muito querida!

Cheguei lá para conversar sobre essa mudança de rumo da minha vida: Pedro e jornalismo. Queria ter certeza de que estou pensando da maneira correta e que não é loucura essa história de mudar de área. A minha psicóloga fez uma cara de "inconformada", não pelo assunto, mas porque eu fazia os questionamentos e dava as respostas!!! A cara dela foi de inconformada satisfeita, claro!

Achei engraçado e fiquei orgulhosa! Ela só falou coisas que eu já sabia! Isso que dá ser uma boa profissional: ela me ensinou direitinho a me questionar e a perceber os sinais de quando não estou bem, e agora, não preciso mais dela!!! Ela me elogiou e disse que, realmente, nesses 2 anos que se passaram, me tornei uma pessoa mais segura! Delícia ouvir isso!

Me lembrei da Manu do Blog Atelie Manuela Nunes. Ela disse que eu não precisava de terapia. Acertou! No final, essa visita serviu apenas para mostrar para mim e para a minha psicóloga que terapia funciona mesmo e que a alta é possível!!!

domingo, 12 de setembro de 2010

Meu sobrinho e meu filho

Oito e meia da manhã do dia 10 de setembro de 2010: eu já estava acordada. Me arrumei, tomei café, li um pedaço do jornal e saí em direção à Vila Livieiro para levar minha cunhada e cunhado para a maternidade. A cesárea estava agendada para às 14h. Ao meio-dia estávamos na recepção de internação do hospital com a Jane fazendo o "check-in". O pai era o mais ansioso. Com uma cara fechada ele questionava constantemente o trabalho das atendentes do hospital devido à "demora". Foi difícil explicar para ele que a cesárea só seria feita no horário agendado. Enfim, para alívio do pai de segunda viagem, a Jane foi chamada, às 14h quase que em ponto. Meia horinha depois, esse pai babão veio ao meu encontro com os olhos marejados e a máquina fotográfica na mão mostrando que o Vinícius tinha nascido!

Subimos até o berçário e ficamos os dois babando no vidro que separava nossas mãos do bebê mais desejado do momento! Ficamos uns bons trinta minutos olhando, comentando, fotografando. Uma belezinha: 47cm, 3,385kg, cheio de cabelo pretinho na cabeça e canelas compridas e arroxeadas!

A emoção de ver um bebê assim querido recém-nascido tendo um em desenvolvimento na barriga é única! Fiquei muito emocionada pensando em como seria ver o Pedro naquele bercinho. Impossível de imaginar. Acho que nada chega perto da emoção de uma mãe ao ver seu filho pela primeira vez (até parece que o Pedro sabe que estou escrevendo sobre ele: ele acabou de dar uma cambalhota na minha barriga!!!).

Depois de quatro horas de espera pós anestesia, pudemos visitar a mãe, que passava bem mas ainda não estava com o bebê nos braços. Achei triste isso. Segundo a enfermeira, o bebê assim que nasce precisa ficar 6 horas no berçário e não pode ser amamentado, caso contrário irá passar mal por causa do estômago ainda virgem de contato com qualquer alimento. Sempre pensei que o "colostro", aquele primeiro leite super-vitaminado, deveria ser dado logo após o nascimento.

Ontem, retornei ao hospital para visitar os dois com o meu marido. O Vinícius já estava no quarto e de lá não saiu mais! Não pude evitar de pegá-lo! Muito molinho ele se acomodou no meu acolo com os bracinhos encolhidos e as perninhas dobradas apoiadas na minha barriga. Dormiu, ou melhor, continuou dormindo! Delícia ficar com um bebê assim no colo: o cheirinho, a respiração, a doçura... Mas mesmo assim, não dá nem para imaginar como seria ter o meu filho no meu colo.

Nessa noite, sonhei até que eu já tinha leite!!! Estou ansiosa para conhecer o Pedro. Hoje vamos comprar o berço. A minha sorte, é que ainda temos muito o que fazer. O quarto não está nada pronto. E ainda não planejei o chá de bebê. Assim, esses 4 meses passam um pouco mais rápido, e daqui a pouco, serei eu, indo para a maternidade para receber o Pedro nos meus braços, molinho, cheiroso e meu!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ainda em tempo: Novidades do feriado!

Depois da tempestade, sempre vem a calmaria! Não considero uma tempestade o que aconteceu nos últimos dois posts, mas balançou um pouco o meu barquinho! Acho que é sempre válido quando as pessoas nos colocam "em check", porque quando todos concordam, refletimos menos. Então, valeu muito toda a reflexão que fiz nos dias pós feriado. Mas, acabei esquecendo de postar sobre as novidades que surgiram nesses dias de feriado prolongado.

Viajei para Atibaia, onde minha família tem casa. Um lugar delicioso para ficar tranquila, curtindo o sol, a paisagem, a família e os amigos que geralmente vão junto. Lá também funciona como um refúgio para mim: penso e leio muito! E o livro qu devorei foi o que já citei sobre como se preparar para o mercado do jornalismo: "A vaga é sua", da Ana Estela e da Cristina Castro (ed. Publifolha). O livro é bem direcionado para quem quer ser jornalista. Passa dicas desde a rotina do jornalista até como se portar em uma entrevista, como fazer o currículo e como treinar a escrita. Neste último item, elas indicam eleger um "mentor". Alguém que irá ler os seus textos, corrigí-los e criticá-los. Tenho um tio jornalista, já com mais de 65 anos, bem experiente na área, que gentilmente aceitou ser meu mentor! Agora, toda semana terei que entregar textos para ele, de acordo com um tema que ele escolherá. Olha o frio na barriga!!!

Outra novidade do feriado é que finalmente compramos uma máquina fotográfica decente! A nossa não foca mais e como foi comprada por um amigo no exterior, não temos garantia. Então, meu marido decidiu comprar uma semi-profissional, digna do Pedro!!! Segundo o site onde compramos, ela está a caminho de casa hoje! Então, em breve, você verão lindas fotos ilustrando os meus posts e, em 5 meses, se cansarão de ver fotos do bebê mais lindo do mundo!!!

Por falar em foto, amanhã postarei uma foto muito bonita minha com meu marido que um amigo nosso tirou quando demos um pulinho lá em Monte Verde. Também postarei algumas fotos da novidade que mexeu até com os meus sonhos nesses últimos dois dias!

Voltamos cedo de Atibaia no dia 07. Estava chovendo sem previsão de melhorar o tempo. Então, às 11:00 já estávamos em casa, em São Paulo. Tomamos um segundo café-da-manhã, afinal, segundo o meu marido, meu apetite está igual à Telesena: "de hora em hora"! Depois de umas horas, saímos para almoçar e para tomar café no Suplicy (delícia por sinal!). Voltamos para casa lá pelas 18:00. Chegando em casa, minha avó Sylvia me ligou pedindo para eu dar um pulo na casa dela. Corri lá e, para minha surpresa, havia um enxoval me aguardando na mesa de centro da casa dela! Esta minha avó é um barato! Ela junta a aposentadoria do ano para nos dar presentes. E não seria diferente com o primeiro bisneto! Voltei para a casa com tanta roupa que só terei que comprar meias, luvinhas e duas calças P verdes! Vou postar foto de alguns conjuntinhos de babar!

Como falei, depois da tempestade vem a bonança, e que bonança! Estou muito feliz sobre estes acontecimentos, e por outro, que em breve, se tudo der certo, conto para vocês aqui!

Um ótimo final de semana a todos!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Resposta de uma bipolar - 2a parte do "Contrariada"

Do alto da minha coragem voltei pro blogger para postar que ela também leva um suicida ao abismo.

Quem é bipolar ou convive de perto com um sabe bem que temos a grande capacidade de fazer grandes planos, amar novas ideias, jurar certezas e em pouco tempo ver tudo isso desmoronar soterrando aquela pessoa alegre e decidida.

Estou com medo. Já gastei muito tempo fazendo uma faculdade que me tornou uma profissional sem prazer. Faço meu serviço bem feito, mas não sou feliz nele. Já escorreu pelos meus dedos mais de 10 anos desde o início da faculdade de fisioterapia. E sinto assim mesmo, como se tivesse ido tudo para o ralo. Sei que tenho mérito nos trabalhos no laboratório. Sei que faço bem o trabalho de ergonomia. Mas também sei que sempre me faltou algo.

Agora, aos 28 anos, acho que econtrei o que faltava e no auge da minha felicidade sinto a minha consciência me jogando na cara todos os deslizes, todas as certezas que logo se revelaram nada ter de certo. Sinto também que ela me joga na cara as fragilidade bipolares, os dias sem conseguir trabalhar por causa da raiz que me unia ao sofá e à angústia que dominava meu peito, às sensações de desespero e de necessidade de fuga.

Será que carregarei sempre essa marca comigo? Será que não posso ter um trabalho sério no que sinto prazer? Será que este prazer vai sumir como um oásis no meio do meu deserto de satisfação?

Sinto que por mais estável que um bipolar esteja, por mais que as pessoas confiem nele, sempre terá uma sombra o acompanhando e o acusando de que ele não é capaz.



ps: Realmente, preciso voltar para a terapia...

Contrariada - estou confundindo este blog com jornalismo?

A decisão de fazer uma nova faculdade me motivou, não só a estudar para o vestibular, mas também a aprender mais sobre a área para ter certeza da escolha que estou prestes a tomar. Uma amiga muito querida, Yara Achoa, que é jornalista, me indicou o livro "A vaga é sua" da Ana Estela Pinto e Cristina de Castro, que fala exatamente sobre o mercado de trabalho do jornalismo e tudo o que envolve o processo para estar nele. Aproveitei o feriado que passou para ler este livro. Fiquei com algumas dúvidas no caminho e resolvi enviar um email para a escritora Ana Estela, que produz o blog Novo em Folha. A Ana logo respondeu às minhas duvidas, fez com que eu criasse outras, e pediu a autorização para publicar meu email e sua resposta no blog. Concordei.

Hoje, retornei ao blog e notei que haviam cinco comentários sobre o post do meu email. Um me chamou bastante atenção pois me atingiu profundamente. Segue o que a leitora escreveu: "Sérião: ter um blog e ser jornalista é uma coisa diferente pra caramba. Será que a Juliana não tá confundindo um pouco não? Tem hora na profissão que a última coisa que vc vai se preocupar é com a escrita e faz aquilo até de forma mais banal..." Pode parecer bobeira, mas meu coração disparou e me senti um tanto ofendida. Respondi (não vou lembrar exatamente as palavras, e ainda não foi publicado) que não estava confundindo, que sabia que eram coisas diferentes, e comentei que como fisioterapeuta também escrevia bastante, já que trabalhei com pesquisa centífica, cujo objetivo principal é a publicação de um artigo, ou seja, se for só para escrever, a fisio me basta. E, aproveitei para questioná-la sobre o jornalista acabar se preocupando por último com a escrita e fazê-la de forma banal...

Li e reli meu comentário diversas vezes. Não queria passar a imagem de que queria discutir, mas achei necessário me posicionar sobre o assunto, já que outras pessoas poderão ler o post e o comentário dessa pessoa. Achei "instrutivo" colocar a minha posição, pois afinal, outras pessoas na mesma situação que eu podem consultar o blog e ter dúvidas sanadas por estes comentários.

Mas, confesso, meu coração ainda está batendo forte. E, como estou em uma fase de analisar friamente todos os meus sentimentos (ficar sem remédio me fez começar a fazer isso) para tentar perceber se vou entrar em depressão ou surtar, fiquei questionando se fazia sentido um comentário assim causar tamanha reação. E, claro, cheguei a uma conclusão: estou fazendo a mesma pergunta que a leitora fez, para mim mesma. Será que estou confundindo este blog com jornalismo? Será que penso que jornalismo é ter esse prazer em escrever?

O livro da Ana e da Cristina mostra claramente que ser jornalista não é nada parecido com postar uns dois textos por semana sobre um assunto que super te interessa, sem nenhuma cobrança ou pressão. Sei também que se realmente decidir seguir essa carreira vou ser obrigada a escrever o que outros quiserem, e não o que eu desejar ou o que estiver na minha mente. Tenho certeza que terei momentos de pavor por causa da pressão e da cobrança e sei que posso até travar e ter "brancos mentais". Sou bipolar, sei muito bem o que é surtar!

A minha vida até aqui não foi difícil e escolher ser jornalista irá complicá-la em muito. A única pressão que tinha eram os prazos de relatórios do laboratório e da consultoria em ergonomia, somente ao final dos trabalhos, não diariamente. Hoje, não tenho pressão nenhuma. Só poderei defender o mestrado no ano que vem e ergonomia e gravidez não combinam (meu trabalho era o dia todo em pé). O que me sustenta hoje é meu trabalho na empresa da minha mãe, onde faço meus horários, sem nenhum superior.

Ou seja, burrice a minha querer trabalhar como jornalista? Ou será que realmente amadureci algumas idéias na minha cabeça e depois de muito pensar percebi que esta seria uma profissão que por mais que eu rale sei que chegarei em casa à noite (ou de manhã depois de um plantão) cansada de corpo, alma e mente, mas satisfeita por fazer algo que amo?

Deixo agora esta questão para fazer meu coração acelerar. E estou pensando seriamente em voltar para a terapia...

sábado, 4 de setembro de 2010

Conexão futuro

As grávidas se conectam ao seu filho, ainda no ventre, das mais variadas maneiras: umas conversam sobre o dia, outras cantam, outras colocam músicas feitas especialmente para bebês e outras até colocam para "tocar" textos tendo como público alvo os fetos. Eu, como sempre gostei de cantar, canto e converso com ele. E, a partir do momento que confirmamos que será um menino, as conversas tomaram rumos mais específicos.

Converso com ele sobre o quanto ele vai aprontar com o Banneco (nosso cachorro), sobre ele ir me prestigiar na minha formatura de jornalismo, além de coisas rotineiras. Imagino que realmente faça diferença quando a criança nasce, esse contato com a mãe, mesmo ainda no útero. Faz com que a mãe se sinta mais próxima do filho, e, imagino que por usar uma entonação de voz específica para esses papos e uma música preferida, isso também estreita um pouco mais os laços entre mãe e filho. E acima de tudo, conversar com o Pedro tem materialziado muito ele na minha vida! Tanto que a minha imaginação tem ido longe, bem longe!

Hoje me peguei pensando no Pedro adolescente, beirando a juventude. Aquela fase pré-vestibular, da descoberta sexual, das decisões um pouco mais sérias. Aquela época dos três anos de colegial onde as crianças passam por uma metamorfose entre a vida de adolescente e a vida adulta. Fico imaginando (e desejando) se ele irá compartilhar as descobertas dele comigo, tirar as dúvidas, chorar por decepções nos meus braços. Quero muito ser uma mãe amiga, mas nada pedante, cada um no seu espaço. Acho que o que eu quero mesmo é que o Pedro tenha total liberdade para conversar comigo sobre qualquer coisa. Desejo muito que ele encontre em mim (e, claro, no seu pai também) pessoas que sejam referências importantes para a vida dele. Pessoas que ele sabe que estarão sempre prontas para aconselhá-lo da melhor maneira, sem julgamentos. Quero contruir com ele um relacionamento baseado no amor e na confiança.

Estou muito animada para ser mãe do Pedro (dá para ver, não?!). Acho que vai ser uma experiência fascinante esta, a de ser mãe de menino. Não ligo se o próximo também for menino. Admiro muito os meninos: são unidos, leais aos amigos, apegados às mães. Acho que nos dias de hoje, os meninos demonstram ter mais coração do que as meninas. Claro que sempre existem as exceções! E, além disso, pode até ser que eu venha a sentir falta de ter alguém para embonecar com lacinhos e fitas. É! Dessa vez fui longe mesmo! O Pedro nem nasceu e cá estou eu divagando sobre o sexo do segundo filho!!! Acho melhor deixar isso para um próximo post, em um futuro ainda distante!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ultrassom de 2o trimestre e feriado

Finalmente o dia chegou (e passou bem)! Ontem fizemos o ultrassom de segundo trimestre. Fiquei aliviada de ver que tudo está bem com o Pedrinho! Isso mesmo, é oficial, tenho um Pedrinho aqui dentro de mim e ele tem 3cm de pé, 253g e todos os órgãos em perfeito estado! Apesar de que ainda está tímido para se mexer. Mas já sinto as tentativas dele de me chutar!

Mesmo com as boas novidades, ainda sinto o aperto no peito de vez em quando. Aparece do nada, e também some do nada. Junto vem a angústia e vontade de ficar aninhada em algum canto. No dia que caminhei pela manhã, fiquei super intolerante à tarde. Não estava mais me aguentando. Sabe quando você não se esforça o mínimo para ser simpeatica? Então, eu estava assim. Péssimo.
Quinta o dia foi melhor, no quesito humor, e hoje, sexta, véspera de feriado, tenho certeza que será melhor!

Aliás, preciso correr para arrumar as malas, apesar de que a minha não terá muita roupa (poucas cabem!), mas 4 livros já estão com lugar garantido, e levar o carro para um amigo ver se está tudo ok. Parece que está esquentando acima do normal, mas logo esfria. Mas sempre é melhor garantir a segurança, fazendo a prevenção.

Bom feriado a todos!
Quando o scanner tiver voltado do conserto, posto a imagem do ultrassom.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Começando a se mexer (mãe e filho)!

Completamos 19 semanas! Acordei cedo, antes de virar 9am (faltava bem pouco). Já animada para começar, de fato, a andar. Tenho praticado Pilates duas vezes por semana, mas estou sentindo falta de exercício aeróbico. Me sinto muito cansada com qualquer caminhadinha, às vezes, até dentro do meu "apertamento" mesmo! Foi quando me dei conta de que havia esquecido o meu tênis no escritório, junto com a roupa que usei no Pilates ontem. E o outro tênis que eu tinha, emprestei para a minha mãe. Estava tudo tão perfeito! Acordei cedo, estava com ânimo, mas sem tênis. Mesmo assim, não desanimei, apelei para a vizinha que trabalha no período da tarde também, e ela me emprestou um tênis!

Fiz uma caminhada leve de 20 minutos. Andei 1,2km com a frequência cardíaca chegando ao máximo de 139bpm. A média foi de 129bpm. Achei alto, mas parece que é normal para as grávidas, que bombeamos sangue para dois, no mínimo!!! Me senti bem apesar do tempo quente e seco. Andei na esteira do prédio mesmo. Acho melhor! Variáveis controláveis e baixo impacto! Usei também um acessório chamado Nike+iPod que dá a distância, tempo e velocidade do treino, apesar de estar completamente errada a calibração dele, o que me irritou um pouco.

O Pedro se mexeu um pouquinho durante a caminhada! Aliás, ele de fato começou a chutar, discretamente, antes de ontem! Hoje, ele foi para um lado e deu uma espriguiçada por lá! Mas de resto, parece que pouco se importou com a novidade! Depois, fomos tomar um solzinho por uns 15 minutinhos.

Andar e correr sempre foi um ótimo tratamento coadjuvante para mim! Melhora muuuuito o meu humor e como eu me sinto até fisicamente! Delícia! Agora estou bem ansiosa para viajar no feriado e andar lá em Atibaia, em volta de um lago bem gostoso que tem por lá, respirando um ar um pouco mais agradável do que o daqui de Sampa!

Agora já é quase meio-dia e eu preciso tomar banho e correr pro escritório. Lá também estou renendo bem. Ontem fiz bastante coisa, inclusive tomei várias decisões importantes pro andamento do serviço. Fica para um próximo post. Irei para o laboratório só depois do feriado, se não, terei que trabalhar durante o feriado... Estou desanimando dele, mas vou fazer de tudo para conseguir finalizar esse mestrado e não deixar buracos na minha história.