Como já disse aqui, meu mal é a intolerância e falta de paciência. Nestes últimos dias, coincidentemente dias em que eu não tirei um tempo para mim à tarde, a paciência teve folga. Com pouca birra eu já explodo por dentro. Fico nervosa, tento argumentar com o Pedro elevando a voz, e, por fim, como geralmente perco a briga, deixo ele onde está e vou para outro cômodo espairecer, pedir a Deus calma, respirar.
Nunca levantei a mão para ele. Mas só o fato de gritar já acho horrível. Me sinto pésima. Fico pensando nos traumas que pode causar, em bobeiras do tipo e outras. Inclusive, todas as idiotices que já ouvi sobre bipolar ser monstro e não poder ser mãe ficam ecoando na minha mente. Fico dias mal remoendo o que fiz, sofrendo. E o Pedro, graças a Deus, parece não ligar! Quando volto para o quarto, ele está deitadinho sobre a fralda, barriga para cima, rindo! rs
Sei que aparento ser uma mulher forte. Mas não sou. Sou apenas insistente e, acho, corajosa. Acredito que posso melhorar, posso não repetir o erro (nem sempre acredito nisso). E conheço meus limites. O que é fundamental. Sei que se um dia eu ficar agressiva a ponto de machucar alguém, eu mesma me internarei se preciso. Se eu ficar uma pessoa insuportável com quem conviver, vou procurar ajuda. E se eu não perceber a minha loucura, sei que meu marido, minha família, vão perceber e dar o suporte necessário. Triste pensar em tudo isso. Felizmente está longe da minha realidade, mas sei que existem mulheres que passam por isso.
Desejo coragem, insistência e auto-conhecimento a todas as mães, especialmente as bipolares. Que conheçam seus limites e que estejam cercadas de pessoas que verdadeiramente as amam.
E que a fase de birra passe rapidinho, sem grandes traumas!!!